Quase três quartos da superfície da Terra são feitos de água, seja oceanos, mares ou superfícies de água doce. É por isso que, uma das grandes oportunidades para os países que possuem pouco espaço físico, mas muito espaço marítimo.
Um dos países pioneiros nesse sentido é a Holanda, conhecida precisamente por ter uma parte de seu território abaixo da superfície do mar. Para ganhar espaço no ambiente marinho, eles recorreram ao chamado polder, que foi uma técnica iniciada no século XII na região de Flandres.
Polder, a técnica de isolamento de água
Uma técnica que consiste em isolar um espaço coberto pelo mar, através de diques, que podem ser permanentes ou para ocasiões de maré alta, criando assim canais que conduzem a água e impedindo o assoreamento do solo.
A Holanda não foi o único país que adotou essa técnica, pode ser encontrada também em países como a França, Itália, Bélgica, Israel, Japão, Egito, Portugal, Cingapura e até mesmo na Espanha. No entanto, para ter sua própria casa na água, não é necessário construir um polder. Existem opções muito mais baratas que consistem em instalar casas pré-fabricadas em superfícies flutuantes.
Um novo conceito
É um conceito muito semelhante aos barcos que vemos nos portos, mas com a diferença de, ao invés de ser um veículo criado somente para a navegação, será é uma casa inteira, com todos os elementos necessários para resistir aos desgastes naturais da água, sal marinho e pequenas ondas. Por isso mesmo a casa não deve estar localizada numa zona de grande ondulação porque, nesse caso, a sua superfície poderia ficar muito deteriorada em caso de mau tempo e as janelas poderiam quebrar facilmente. Sem mencionar, além disso, a possibilidade maior de entrar água toda vez que houvesse mau tempo.
O melhor é que essas casas estejam ancoradas em canais ou portos, o que é feito de uma forma muito comum em Amsterdã, onde podemos ver até mesmo grandes construções que têm toda a sua estrutura 100% na água.
A primeira casa flutuante sustentável na Espanha
Já existem casas flutuantes totalmente sustentáveis, como por exemplo na Espanha, onde já estão realizando projetos desse gênero com materiais ecológicos. São casas que podem ser desde as mais simples até mesmo as mais luxuosas, com dois andares e com todas as comodidades de uma casa tradicional.
Além disso com todos os serviços como wi-fi, eletricidade, água potável, sendo no entanto necessário pagar também espaço em que terá ancorada a sua embarcação, no entanto de qualquer maneira é muito mais barato mais barato do que os aluguéis de um imóvel normal. O preço de uma casa flutuante em si é muito mais barato do que o preço de um bem imóvel.
Quanto custaria viver em uma casa flutuante?
Isso é um fator que pode variar muito, dependendo de onde estiver, em Torrevieja, na Espanha, os custos de amarração estão entre 950 e 7650 euros, dependendo do tamanho do barco (casa, neste caso) e do tempo em que vai permanecer ancorado. O que significaria, no pior dos casos, 637 euros por mês e, na melhor das hipóteses, apenas 79 euros por mês. Por outro lado, o que é obrigatório é ter um seguro de responsabilidade civil.
Uma das vantagens é que os proprietários dessas casas flutuantes estão isentos do pagamento do IBI, assim como não tem que pagar a taxa de lixo. Em qualquer caso, mais do que esses dados interessantes, é importante considerar se ter uma casa na água pode ser a solução para todos os seus problemas e se encaixar no seu estilo de vida.