Historiadores brasileiros mundialmente conhecidos no cenário acadêmico evidenciaram que o Brasil surge de uma necessidade puramente econômica. Ou seja, o Brasil foi ocupado como um espaço parar a ampliação do comércio marinho da Coroa portuguesa. A partir dessa perspectiva que foi afirmado que o Brasil foi o único país americano criado desde e o início pelo capitalismo comercial.
Da mesma forma, como também é amplamente conhecido, o primeiro negócio não extrativo que foi constituído no Brasil, foi a: produção de açúcar. Neste sentido o Brasil recebe uma importante visibilidade econômica já que o negócio do açúcar era comercializado no mundo todo e altamente lucrativo. Desse modo os portugueses desenvolveram um negócio já utilizado por eles em seus territórios ultramarinos.
A monocultura açucareira era o ouro brasileiro no período colonial
Com o intuito de lucrar através das terras em um curto espaço de tempo eles adotaram o latifúndio das terras em função de uma exploração agrária efetiva. Assim sendo, a nobreza bastada de Portugal assumiu o poderio dessas terras, cultivando-as através do mono cultivo da cana-de-açúcar. Já que esse era o único cultivo que interessava comercialmente na época.
Apesar do aparente progresso da Coroa portuguesa e nos avanços tecnológicos que permitiam a exploração de suas colônias, foram muitas das atrocidades que ocorreram naquela época. Decerto a cana-de-açúcar só poderia ter sido cultivada em grande escala porque era sustentada pelo regime escravista do Brasil colonial.
O período colonial e o ciclo do açúcar
O período colonial brasileiro foi marcado por várias etapas que sempre estiveram entrelaçadas a economia da época. Desse modo uma dessas etapas é conhecida como “O ciclo do açúcar”. Ou seja, esse período recebeu esse nome pelo fato da indústria açucareira estar fundamentalmente na região norte e nordeste. Desse modo também porque constituiria na atividade econômica mais importante da colônia.
Assim sendo, devido a evolução da atividade fabril, algumas transformações tecnológicas fizeram do Brasil o maior exportador de açúcar para o mercado europeu. Neste sentido em uma primeira fase, a produção agrícola nos engenhos funcionavam a base do trabalho escravo. Logo os engenhos foram um dos principais motivos da manutenção da escravidão no país.
A exploração do açúcar estimulou outras atividades econômicas
Além da importância comercial que teve o ciclo do açúcar no Brasil, outras atividades existentes na colônia estavam vinculadas a atividade açucareira. Neste ínterim, a criação de gado bovino e a exploração da madeira. Ou seja, a criação de gado naquela época não servia para alimentação humana, se não para auxiliar no transporte entre engenhos. Do mesmo modo a exploração da madeira tinha dois propósitos: promover combustível para os fornos e fabricar caixas de madeira para comercializar o açúcar.
De fato, mudanças significativas neste quadro foram observadas apenas a partir do século XIX. Assim sendo, a partir desse período foi quando importantes inovações tecnológicas foram introduzidas no cultivo da cana-de-açúcar. Por essa razão além de ser introduzida uma nova variedade de cana-de-açúcar, também fizeram parte do progresso, os engenhos a vapor.
O declínio da produção açucareira
Ainda que o período imperial estivesse marcado pela reativação da exploração do açúcar brasileiro proveniente do nordeste, principalmente em Pernambuco e Bahia. Este fato promoveu uma importante tentativa de modernização da produção açucareira no Brasil. Em suma essa corrida para modernização da produção brasileira da cana-de-açúcar se deu pela forte pressão britânica na época.
Portanto a euforia das exportações não foram tão bem-sucedidas como esperado, justamente pela produção açucareira da beterraba na Europa. Embora a produção de açúcar não alcançou os níveis comerciais esperados, a indústria do café serviu para desestimulá-la ainda mais. Em resumo, a indústria do açúcar que teve uma participação decisiva na atividade exportadora nacional, foi substituída gradualmente pela indústria do café.